Especialistas em Direito Previdenciário destacam que a Lei nº 14.128/2021 trouxe uma proteção especial aos profissionais de saúde que atuaram no enfrentamento da pandemia de COVID-19. O regramento prevê o pagamento de indenização em dinheiro nos casos de incapacidade permanente causada pela doença ou em situação de falecimento do profissional, hipótese em que o benefício é destinado aos seus dependentes. Para ter direito, é necessário comprovar que a contaminação ocorreu durante o período de emergência em saúde pública, no exercício da atividade profissional de atendimento direto a pacientes infectados. Além disso, a indenização é cumulativa com outros benefícios, como pensão, aposentadoria ou seguro, o que reforça seu caráter reparatório e independente. Embora esteja em vigor desde março de 2021, ainda é grande o número de profissionais e familiares que não sabem da existência desse direito. Por isso, vale a pena acompanhar este conteúdo e verificar se você ou seus entes têm a possibilidade de receber essa indenização. Indenização para profissionais da saúde

Indenização para profissionais da saúde

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Indenização para profissionais da saúde

Você sabia que existe uma lei que reconhece e protege aqueles que estiveram na linha de frente da pandemia? A Lei nº 14.128/2021 trouxe uma importante garantia aos profissionais de saúde que, no combate à COVID-19, sofreram sequelas permanentes que os impediram de continuar trabalhando. Esse direito se estende também às famílias, que podem receber a indenização em caso de falecimento do profissional.

Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde e tantos outros que se dedicaram ao atendimento direto de pacientes contaminados passaram a contar com essa reparação financeira, como forma de reconhecimento pelos riscos assumidos e pelas consequências enfrentadas no exercício de sua missão. Trata-se de uma medida que reafirma a importância da valorização e da proteção daqueles que arriscaram suas vidas em prol da saúde coletiva.

Embora esteja em vigor desde março de 2021, ainda é grande o número de profissionais e familiares que não sabem da existência desse direito. Por isso, vale a pena acompanhar este conteúdo e verificar se você ou seus entes têm a possibilidade de receber essa indenização.

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Indenização para profissionais da saúde

O que diz a Lei nº 14.128/2021?

A Lei nº 14.128/2021 estabelece o pagamento de indenização financeira a profissionais e trabalhadores da saúde que atuaram no combate à pandemia da COVID-19 e ficaram com sequelas permanentes em razão da doença.

Essa indenização também é devida aos dependentes e familiares do profissional que faleceu em decorrência da COVID-19 após ter trabalhado no atendimento direto de pacientes infectados.

Um ponto importante é que os valores previstos pela lei podem ser recebidos cumulativamente com outros benefícios, como pensão por morte, aposentadoria ou seguro. Em outras palavras, essa indenização não exclui nem substitui direitos já assegurados por outros vínculos legais, mas se soma a eles como uma forma adicional de reparação.

Em resumo, a lei representa um ato de reconhecimento e proteção aos riscos enfrentados por esses profissionais durante a pandemia, assegurando apoio financeiro tanto a eles quanto às suas famílias diante de sequelas incapacitantes ou da perda da vida.

Quem tem direito à indenização?

A Lei nº 14.128/2021 definiu de forma clara quem pode receber a indenização em razão da COVID-19. O benefício alcança tanto os profissionais de saúde diretamente afetados quanto os dependentes em caso de falecimento. Veja a seguir:

Quem tem direitoCondição
Profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, agentes comunitários de saúde e de combate a endemias, entre outros trabalhadores que atuaram diretamente com pacientes)Quando ficam com sequelas permanentes em decorrência da COVID-19, que os tornem incapazes de voltar ao trabalho.
Família do profissional de saúde falecido (cônjuge, companheiro(a), filhos e demais dependentes)Quando o profissional falece em consequência da COVID-19 contraída no exercício da atividade de atendimento a pacientes durante a pandemia.

Essa indenização tem caráter indenizatório e reparatório, reconhecendo os riscos assumidos durante a linha de frente do combate à pandemia. Além disso, pode ser acumulada com outros benefícios previdenciários ou securitários já garantidos por lei.

Quais são os valores da indenização?

De acordo com a Lei nº 14.128/2021, a indenização financeira é composta por valores fixos, estabelecidos de forma a reparar tanto os profissionais da saúde que ficaram incapacitados, quanto as famílias em caso de falecimento.

Valores da indenização:

SituaçãoValor da IndenizaçãoDetalhes
Profissional com sequelas permanentesR$ 50.000,00 (valor único)Pago diretamente ao trabalhador que ficou incapaz de retornar às atividades em razão da COVID-19.
Falecimento do profissional de saúdeR$ 50.000,00 (valor único)Pago à família ou dependentes legais do profissional.
Valor adicional para filhos menores de 21 anos (ou 24 anos se universitários)R$ 10.000,00 por ano até a maioridade (ou até os 24 anos, se cursando ensino superior)Esse valor é somado à indenização principal, sendo dividido entre os filhos conforme a idade.

É importante reforçar que esses valores não substituem benefícios previdenciários ou securitários (como pensão por morte, aposentadoria ou seguro), podendo ser recebidos de forma cumulativa.

Quais os requisitos para ter direito à indenização?

A Lei nº 14.128/2021 estabeleceu requisitos específicos para garantir a indenização, de modo a assegurar que apenas os profissionais de saúde diretamente expostos ao risco durante a pandemia e suas famílias sejam contemplados.

Confira na tabela o que é preciso para ter direito à indenização: 

CritérioO que a lei exige
Período da contaminação A infecção pela COVID-19 deve ter acontecido durante o período de emergência em saúde pública (ESPIN-COVID-19), declarado pelo Ministério da Saúde em 03/02/2020.
Exercício da atividade profissionalO trabalhador precisa ter atuado no atendimento direto a pacientes com COVID-19 em hospitais, clínicas ou unidades de saúde, ou ter realizado visitas domiciliares no contexto da pandemia.
Incapacidade permanente ou falecimento– Para incapacidade: é necessário comprovar que a COVID-19 deixou sequelas graves e definitivas, impossibilitando o retorno ao trabalho.
– Para óbito: deve ser comprovado que a COVID-19 foi causa da morte, ainda que existissem outras doenças associadas.
Comprovação médicaA doença e suas consequências precisam ser confirmadas por:
– Exames laboratoriais (PCR, antígeno ou sorologia);
– Laudo médico com quadro clínico compatível com COVID-19;
– Perícia médica oficial, nos casos de incapacidade permanente.
Observações importantes– Nem toda sequela gera direito: apenas aquelas que tornam impossível o exercício definitivo da profissão.
– A existência de comorbidades não exclui o direito: a indenização é devida mesmo que a COVID-19 não tenha sido a única causa do óbito ou da incapacidade.

✅ Checklist – Tenho direito à indenização da Lei nº 14.128/2021?

  • A contaminação ocorreu durante o período da emergência em saúde pública (ESPIN-COVID-19), declarado pela Portaria do Ministério da Saúde nº 188, de 3 de fevereiro de 2020.

  • Atuei diretamente no atendimento a pacientes com COVID-19 (em hospital, clínica, unidade de saúde ou visitas domiciliares).

  • Comprovo a relação entre a doença e minha atividade profissional (nexo causal).

  • No caso de incapacidade: possuo comprovação médica de que fiquei com sequelas permanentes, impossibilitando o retorno ao trabalho.

  • No caso de falecimento do profissional: familiares ou dependentes podem comprovar que a COVID-19 foi causa da morte, ainda que existissem comorbidades.

  • Tenho documentação médica:

    • Exames laboratoriais (PCR, antígeno ou sorologia);

    • Laudo médico com histórico clínico compatível com COVID-19;

    • Perícia oficial confirmando incapacidade permanente (quando aplicável).

  • Comorbidades não excluem o direito: mesmo que a COVID-19 não tenha sido a única causa, o benefício pode ser concedido.

Se todos ou a maioria dos itens forem marcados, há grandes chances de o profissional ou sua família estarem aptos a solicitar a indenização.

Como solicitar a indenização?

Apesar de estar em vigor desde março de 2021, a Lei nº 14.128/2021 ainda não possui regulamentação administrativa definida pelo governo federal, o que significa que ainda não há um órgão específico para analisar os pedidos. Essa ausência de regulamentação tem gerado debates e levado muitos casos à Justiça.

Atualmente, existem duas formas de requerer o benefício:

ViaDescrição
AdministrativaAguardar a regulamentação definitiva, com expectativa de que o INSS seja o órgão responsável pela análise.
JudicialTem se mostrado a alternativa mais segura e eficaz, permitindo:
– Avaliação imediata do caso;
– Perícia médica independente;
– Garantia de pagamento em caso de procedência;
– Retroatividade dos valores desde a data do óbito ou da incapacidade.

Documentos necessários para ingressar com a ação

Para solicitar a indenização, é recomendável procurar assessoria jurídica especializada, levando os seguintes documentos:

  • Documento de identidade e CPF do profissional ou do familiar responsável pelo pedido;

  • Comprovantes de vínculo com a área da saúde durante a pandemia (contracheque, contrato de trabalho, portaria de nomeação ou declaração do hospital/unidade de saúde);

  • Laudo médico confirmando incapacidade permanente causada pela COVID-19, quando aplicável;

  • Certidão de óbito do profissional, indicando COVID-19 como causa;

  • Certidão de casamento ou de união estável, e certidões de nascimento dos filhos;

  • Comprovante de matrícula em instituição de ensino superior, caso algum filho tenha entre 21 e 24 anos;

  • Documentos que comprovem o trabalho direto com pacientes com COVID-19, como escalas, prontuários ou declarações da instituição de saúde.

Se você ou algum familiar atuou na linha de frente da pandemia e sofreu sequelas permanentes ou faleceu em decorrência da COVID-19, há a possibilidade de receber essa indenização. Procurar orientação jurídica é o caminho mais seguro para avaliar e garantir esse direito.

Você sabia que o servidor público com Transtorno do Espectro Autista (TEA) possui direitos previdenciários e funcionais que buscam garantir justiça, inclusão e valorização da trajetória profissional? Entre esses direitos, destacam-se o abono de permanência e as regras diferenciadas de aposentadoria. Confira os detalhes aqui!

Por que contar com um advogado ao solicitar seu benefício no INSS?

Solicitar um benefício previdenciário vai muito além de preencher formulários. Trata-se de um processo técnico, repleto de regras específicas, prazos e exigências documentais que, se não forem observadas com rigor, podem levar ao indeferimento do pedido ou à concessão de um valor inferior ao que o segurado realmente tem direito.

É nesse cenário que a atuação de um advogado previdenciarista se torna um diferencial decisivo. Mais do que representar o segurado, o profissional atua de forma estratégica para garantir que cada detalhe do processo seja conduzido com segurança, precisão e eficiência.

Principais motivos para contar com um advogado

MotivoComo o advogado contribui
Análise personalizada do casoAvalia o histórico de contribuições, vínculos empregatícios, doenças, acidentes e tempo especial, identificando o benefício mais vantajoso e as regras mais favoráveis.
Prevenção de erros no requerimentoCorrige falhas no preenchimento e na escolha da modalidade de benefício, evitando indeferimentos e atrasos.
Organização e robustez da documentaçãoOrienta sobre documentos necessários e estrutura provas de incapacidade, tempo especial, vínculo rural ou deficiência.
Acompanhamento técnico do processoMonitora pendências, responde exigências do INSS e evita paralisações ou arquivamentos indevidos.
Maior eficiência na perícia médicaInstrui sobre a documentação a apresentar, conduta adequada e formas de demonstrar limitações funcionais de maneira convincente.
Atuação em recursos e ações judiciaisPrepara recursos administrativos ou ingressa com ação judicial para assegurar direitos de forma célere e segura.
Cálculo preciso do benefícioRealiza simulações para garantir o valor correto, evitando aplicação de regras desfavoráveis.

Embora o pedido de benefício possa ser feito diretamente pelo segurado, contar com a assessoria de um advogado aumenta consideravelmente as chances de obter o melhor benefício possível, no menor tempo e com o valor adequado.

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