Especialistas em Direito Previdenciário explicam que o valor a ser pago ao INSS varia de acordo com a categoria do segurado — como empregado, contribuinte individual, facultativo ou microempreendedor individual (MEI). Cada grupo possui alíquotas e regras específicas, que vão de 5% a 20% do salário mínimo ou da remuneração mensal, conforme o plano escolhido e a forma de vínculo com o INSS. Contribuir corretamente é essencial para garantir o acesso a benefícios como aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade, evitando prejuízos futuros por recolhimentos incorretos. Por isso, é fundamental entender qual é sua categoria de contribuinte e calcular adequadamente o valor mensal a ser pago. Em caso de dúvidas, a orientação de um advogado previdenciário pode ser decisiva para definir a contribuição ideal para o seu perfil. Quer saber quanto pagar ao INSS e qual plano escolher? Acesse nosso conteúdo completo e entenda todas as opções. Qual valor devo pagar ao INSS?

Qual valor devo pagar ao INSS?

Possui Dúvidas? Preencha o formulário abaixo e envie suas dúvidas para nossa equipe de especialistas

Qual valor devo pagar ao INSS?

Você sabe quanto deve pagar ao INSS? Essa é uma dúvida comum, especialmente entre aqueles que trabalham por conta própria ou não têm um vínculo formal de emprego.

É importante estar atento porque o valor da contribuição varia de acordo com a categoria do segurado, ou seja, depende do tipo de atividade exercida e da forma como o contribuinte está vinculado ao INSS.

Embora o tema possa parecer complexo em um primeiro momento, entender essas regras é essencial para garantir que você esteja contribuindo corretamente — e, assim, assegurando seus direitos previdenciários no futuro.

Lembre-se, contribuir de forma inadequada pode representar prejuízo financeiro e comprometer o acesso a benefícios importantes. Por isso, neste texto, vamos explicar de forma clara e objetiva quanto você deve pagar ao INSS, de acordo com a sua situação.

Em caso de dúvida, entre em contato conosco ou agende seu horário aqui

Qual valor devo pagar ao INSS?

O valor da contribuição ao INSS não é o mesmo para todos os contribuintes. Isso porque cada pessoa pode se enquadrar em uma categoria diferente de segurado, de acordo com sua atividade profissional e com a existência — ou não — de vínculo empregatício.

Cada uma dessas categorias possui regras próprias de contribuição e, em alguns casos, até direitos previdenciários distintos. Por isso, é fundamental saber em qual categoria você se encaixa antes de definir quanto deve pagar ao INSS.

O tipo de trabalho que você exerce e a forma como está relacionado ao INSS — com ou sem vínculo formal — são os principais fatores que determinam sua categoria. Entender isso evita erros, garante o correto recolhimento das contribuições e assegura o acesso aos benefícios previdenciários no futuro.

Quem deve pagar o INSS?

Devem pagar o INSS todas as pessoas que exercem alguma atividade remunerada, seja com carteira assinada, por conta própria ou mesmo sem vínculo empregatício formal, desde que queiram ter acesso aos benefícios da Previdência Social. Os contribuintes se dividem em três grandes grupos:

  1. Empregados com carteira assinada – Neste caso, o pagamento é feito automaticamente pelo empregador, que desconta a parte do trabalhador no salário e repassa ao INSS junto com a contribuição patronal.

  2. Contribuintes individuais – São profissionais autônomos, empresários, prestadores de serviço sem vínculo empregatício e outros trabalhadores por conta própria. Devem fazer o pagamento diretamente ao INSS, por meio de guia própria (GPS).

  3. Contribuintes facultativos – São pessoas que não exercem atividade remunerada, mas desejam contribuir para ter acesso à proteção previdenciária, como estudantes, donas de casa, desempregados ou jovens em período sabático.

Em resumo, qualquer pessoa pode e, em alguns casos, deve contribuir com o INSS para garantir benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade, pensão por morte, entre outros. A forma e o valor da contribuição variam conforme o tipo de contribuinte.

Quem são os segurados obrigatórios do INSS? 

Os segurados obrigatórios são aquelas pessoas que, por exercerem alguma atividade profissional, são automaticamente vinculadas à Previdência Social e, portanto, devem contribuir com o INSS. Essas contribuições garantem o acesso a benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade, entre outros.

No entanto, a forma como essa contribuição é feita varia de acordo com a categoria profissional. Veja a seguir as principais categorias de segurados obrigatórios e suas características:

CategoriaQuem se enquadraResponsável pelo pagamento ao INSS
Contribuinte IndividualAutônomos, profissionais liberais, empresários, MEIs (em parte), etc.O próprio trabalhador emite e paga a guia mensal.
EmpregadoTrabalhador com carteira assinada (CLT)O empregador desconta do salário e repassa ao INSS.
Trabalhador AvulsoPrestador de serviços a diversas empresas, mas intermediado por sindicato ou órgão gestorO intermediador (sindicato/OGMO) recolhe a contribuição.
Segurado EspecialProdutor rural em regime de economia familiar, pescador artesanal, indígena, etc.Não precisa contribuir mensalmente; recolhe apenas se quiser ter acesso a benefícios previdenciários mais amplos.

Como se vê, nem todos os segurados obrigatórios precisam fazer o pagamento diretamente. Empregados e trabalhadores avulsos, por exemplo, têm o valor da contribuição repassado por terceiros (empregador ou órgão gestor). Já o contribuinte individual deve ficar atento às regras e prazos de pagamento, pois é o responsável direto pelo recolhimento.

Compreender em qual categoria você se encaixa é essencial para garantir a regularidade da sua contribuição e o acesso pleno aos direitos previdenciários.

Quanto o contribuinte individual deve pagar ao INSS? 

O valor da contribuição ao INSS para quem trabalha por conta própria pode variar bastante — e isso depende da forma como o contribuinte está formalizado e do tipo de plano escolhido. As alíquotas vão de 5% até 20%, conforme o enquadramento do contribuinte individual.

Conhecer bem essas opções é fundamental para pagar corretamente e garantir o acesso aos benefícios previdenciários. Veja abaixo um resumo claro e atualizado das principais possibilidades de contribuição para o contribuinte individual em 2025:

✅ Tabela – Contribuições do Contribuinte Individual ao INSS (2025)

CategoriaAlíquotaBase de CálculoValor Mensal (2025)Observações
MEI (Microempreendedor Individual)5%Salário mínimo (R$ 1.518,00)R$ 75,90Incluído no DAS MEI; sem direito à aposentadoria por tempo de contribuição.
Plano Simplificado11%Salário mínimo (R$ 1.518,00)R$ 166,98Sem aposentadoria por tempo; pode complementar depois.
Prestador de serviço ou empresário11%Renda mensal até o teto do INSSEx.: R$ 220,00 sobre R$ 2.000,00Empresa é responsável pelo recolhimento; limite de R$ 897,31 (teto).
Plano Normal20%Renda mensal até o teto do INSSEx.: R$ 400,00 sobre R$ 2.000,00Garante todos os benefícios, inclusive aposentadoria por tempo.

Explicando cada categoria:

1. MEI – Microempreendedor Individual (5%)

Quem é MEI paga a menor contribuição de todo o Regime Geral da Previdência. O valor é fixo, 5% do salário mínimo, e vem incluso no DAS MEI, que pode ser gerado no Portal do Empreendedor.
Em 2025: R$ 75,90/mês.
No entanto, essa contribuição dá direito apenas à aposentadoria por idade e benefícios básicos. Se quiser ter direito à aposentadoria por tempo de contribuição, é necessário complementar com mais 15% do salário mínimo.

2. Plano Simplificado (11%)

Contribuintes individuais que não são MEI podem optar por esse plano e pagar 11% sobre o salário mínimo.
Em 2025: R$ 166,98/mês.
Use os códigos 1163 (urbano) ou 1236 (rural) ao preencher a GPS. Assim como no caso do MEI, essa contribuição não dá direito à aposentadoria por tempo de contribuição, mas é possível complementar depois.

3. Prestadores de serviço e empresários com CNPJ (11%)

Quem presta serviços para empresas ou recebe pró-labore paga 11% sobre a renda mensal, até o limite do teto previdenciário.
Exemplo: R$ 2.000,00 de rendimento → R$ 220,00 de contribuição.
Neste caso, o recolhimento é feito pela própria empresa, que deve descontar no pagamento. O teto do INSS em 2025 é de R$ 8.157,41, o que limita a contribuição a R$ 897,31/mês.

4. Plano Normal (20%)

Essa é a forma mais completa de contribuição para o contribuinte individual. Aplica-se a quem não se enquadra nas opções anteriores. A alíquota é de 20% sobre a renda bruta, limitada ao teto.
Exemplo: R$ 2.000,00 de rendimento → R$ 400,00 de contribuição.
Valor máximo em 2025 (sobre o teto): R$ 1.631,48/mês.
Essa opção garante todos os direitos previdenciários, inclusive aposentadoria por tempo de contribuição.

Com tantas possibilidades, o mais importante é entender sua situação profissional e escolher a forma de contribuição que esteja de acordo com seus objetivos futuros. Assim, você garante proteção previdenciária sem correr riscos de recolhimento indevido.

Quanto o contribuinte facultativo deve pagar ao INSS? 

O contribuinte facultativo é aquela pessoa que não exerce atividade remunerada, mas que deseja contribuir para a Previdência Social para garantir proteção em casos de aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade e outros benefícios. Esse tipo de contribuição é opcional, mas deve seguir regras específicas, conforme a forma de filiação escolhida.

Atualmente, há três possibilidades principais de contribuição para o contribuinte facultativo, com alíquotas de 5%, 11% ou 20% sobre o salário mínimo ou outro valor dentro dos limites legais. Veja abaixo um resumo claro e objetivo de cada uma:

Tabela – Contribuições do Contribuinte Facultativo ao INSS (2025)

ModalidadeAlíquotaBase de CálculoValor em 2025Observações
Facultativo Baixa Renda5%Salário mínimo (R$ 1.518,00)R$ 75,90Necessário cadastro no CadÚnico e dedicação exclusiva ao lar.
Plano Simplificado11%Salário mínimo (R$ 1.518,00)R$ 166,98Código 1473. Não dá direito à aposentadoria por tempo de contribuição.
Plano Normal20%De R$ 1.518,00 até R$ 8.157,41 (teto)De R$ 303,60 a R$ 1.631,48Valor definido livremente pelo contribuinte. Dá acesso a todos os benefícios.

✅ Explicação de cada forma de contribuição:

1. Facultativo Baixa Renda – 5% do salário mínimo

Essa é a opção com menor custo mensal, voltada para pessoas que:

  • Não têm renda própria;

  • Se dedicam exclusivamente às tarefas domésticas no próprio lar;

  • Pertencem a famílias de baixa renda, registradas no CadÚnico (Cadastro Único do Governo Federal) com renda familiar de até dois salários mínimos.

Se preencher todos os requisitos, o contribuinte poderá pagar apenas R$ 75,90 por mês (5% de R$ 1.518,00 em 2025). Esse valor garante acesso a benefícios básicos, com aposentadoria limitada ao valor de 1 salário mínimo.

2. Plano Simplificado – 11% do salário mínimo

Essa é uma alternativa para quem não se enquadra como baixa renda, mas quer uma contribuição mais acessível. Ao optar pelo plano simplificado, a pessoa contribui com 11% sobre o salário mínimo, o que equivale a R$ 166,98 por mês em 2025.

Esse plano também tem limitações: o segurado não poderá se aposentar por tempo de contribuição, a não ser que complemente os pagamentos no futuro.

3. Plano Normal – 20% sobre valor escolhido

A contribuição mais completa é feita pelo plano normal. Nele, o contribuinte facultativo pode escolher mensalmente o valor sobre o qual deseja contribuir, entre o salário mínimo (R$ 1.518,00) e o teto do INSS (R$ 8.157,41 em 2025).

A alíquota é de 20%, o que resulta em:

  • Contribuição mínima: R$ 303,60/mês (20% de R$ 1.518,00);

  • Contribuição máxima: R$ 1.631,48/mês (20% do teto).

Essa opção permite acesso a todos os benefícios previdenciários, incluindo aposentadoria por tempo de contribuição, quando aplicável.

IMPORTANTE

Antes de escolher como contribuir, é importante avaliar suas condições financeiras, seus objetivos previdenciários e o custo-benefício de cada plano. Contribuir com valores mais altos pode aumentar o valor da aposentadoria no futuro, mas isso nem sempre é vantajoso, pois o cálculo do INSS é complexo e envolve outros fatores.

Para ter mais segurança, considere fazer um planejamento previdenciário personalizado com um profissional especializado, que poderá indicar a melhor estratégia para o seu perfil e suas metas.

Interromper as contribuições ao INSS pode ter consequências importantes, especialmente em relação à manutenção da chamada qualidade de segurado, que é o que garante acesso aos principais benefícios previdenciários. Saiba todos os detalhes aqui!

Quanto o empregado e o trabalhador avulso devem pagar ao INSS? 

Empregados com carteira assinada e trabalhadores avulsos também são segurados obrigatórios do INSS. No entanto, ao contrário dos contribuintes individuais e facultativos, eles não precisam se preocupar com o pagamento direto da contribuição — essa responsabilidade é do empregador ou da empresa que intermedia o serviço.

A contribuição é descontada automaticamente da remuneração mensal e repassada ao INSS. Por isso, é essencial que o trabalhador entenda como esses descontos funcionam, para poder acompanhar os valores lançados no contracheque e verificar se tudo está sendo feito corretamente.

Em 2025, os percentuais de contribuição variam de acordo com a faixa salarial, conforme a tabela progressiva a seguir:

Tabela de contribuição ao INSS para empregados e trabalhadores avulsos (2025)

Faixa Salarial (Salário de Contribuição)Alíquota Aplicada à Faixa
Até R$ 1.518,007,5%
De R$ 1.518,01 até R$ 2.793,889%
De R$ 2.793,89 até R$ 4.190,8312%
De R$ 4.190,84 até R$ 8.157,4114%

Como é feito o cálculo?

O modelo utilizado é o progressivo por faixa, ou seja, as alíquotas são aplicadas de forma escalonada, e não de maneira fixa sobre o salário total. Isso significa que mesmo que você receba um salário alto, apenas a parte que se enquadra em cada faixa será tributada com o respectivo percentual.

✅ Por que é importante acompanhar?

Mesmo não sendo o responsável direto pelo recolhimento, o trabalhador deve verificar os descontos em folha e acompanhar o extrato previdenciário no site ou aplicativo Meu INSS. Isso ajuda a garantir que:

  • O valor está sendo corretamente recolhido;

  • Os pagamentos estão sendo repassados ao INSS;

  • O tempo de contribuição está sendo devidamente registrado no CNIS.

Essa atenção evita problemas futuros no momento de solicitar aposentadorias ou outros benefícios. Em caso de inconsistência, o trabalhador pode buscar correção junto ao empregador ou ao próprio INSS.

Lembre-se, a contribuição dos empregados e trabalhadores avulsos ao INSS é automática, mas o controle deve ser constante. Entender as faixas de desconto e como elas são aplicadas permite que você acompanhe sua vida previdenciária com mais segurança e evite prejuízos futuros.

Você já ouviu falar no PPP? Esse documento, exigido pelo INSS, é um dos documentos mais importantes para quem trabalhou em atividades insalubres ou perigosas e deseja obter a aposentadoria especial. Saiba como conseguir seu PPP aqui!

Por que contar com um advogado na hora de solicitar seu benefício no INSS?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *