Mandado de segurança contra o INSS
A demora na análise de benefícios do INSS continua sendo um dos maiores problemas enfrentados pelos segurados. Muitos passam meses, e, em alguns casos, mais de um ano, acompanhando o processo sem qualquer avanço, sempre com a mesma informação: “em análise”. Para quem depende dessa renda para custear remédios, manter a família ou garantir o básico para viver, essa espera deixa de ser apenas incômoda e se torna um risco real.
Nesse cenário, recorrer ao mandado de segurança surge como uma alternativa eficaz para quem se depara com demora excessiva ou com recusas do INSS que claramente não seguem a lei. Esse instrumento não concede o benefício em si, mas obriga o INSS a dar andamento ao pedido, evitando que o segurado fique preso na burocracia e garantindo que seu direito seja analisado de forma adequada e no tempo correto.
Neste artigo, você vai compreender como o mandado de segurança funciona, em quais situações ele é cabível e por que ele se tornou uma ferramenta essencial para enfrentar o atraso crônico e os equívocos do INSS.
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Mandado de segurança contra o INSS
Quando o INSS demora indevidamente ou pratica decisão manifestamente ilegal na análise de requerimentos de benefícios, o mandado de segurança (MS) é um remédio constitucional eficaz para compelir a administração a cumprir a lei e proteger o direito líquido e certo do segurado.
Mas a sua utilização exige observância de requisitos formais, respeito aos prazos e escolha correta do foro competente.
Lembre-se, para usar o mandado de segurança contra o INSS, é preciso procurar um advogado especialista em direito previdenciário para analisar o caso e ajuizar a ação na Justiça. O processo envolve reunir a documentação que comprove o direito e a inércia do INSS, como protocolos de pedido, laudos médicos e extratos previdenciários.
O mandado de segurança é uma ferramenta poderosa para quem está sofrendo com a demora ou com erros evidentes do INSS. Ele protege o segurado contra a burocracia excessiva e garante que o processo seja analisado com seriedade e dentro de prazos razoáveis. Quando usado no momento certo e com a documentação adequada, o mandado de segurança evita prejuízos, acelera o processo e devolve ao cidadão a segurança de ter seu direito finalmente respeitado.
Como funciona o Mandado de Segurança?
O mandado de segurança é um recurso rápido, usado quando o cidadão consegue provar que o INSS está demorando demais ou agindo de forma irregular. Ele não serve para discutir detalhes do benefício, mas para obrigar o INSS a cumprir a lei e dar uma resposta dentro de prazo razoável. Ou seja,
É uma ação rápida usada quando o INSS está demorando além do aceitável.
Também pode ser usado quando há uma decisão claramente errada que prejudica o segurado.
O objetivo não é garantir o benefício automaticamente, mas fazer com que o INSS responda.
Quando vale a pena entrar com um mandado de segurança?
O mandado de segurança contra o INSS é indicado sempre que o segurado está sendo prejudicado por demora excessiva ou por decisões claramente injustas. Ele costuma ser especialmente útil nas seguintes situações:
Atraso na análise do benefício, quando o processo fica parado por meses, muitas vezes além dos 30 ou 90 dias previstos para diferentes tipos de pedido.
Negativa sem justificativa adequada, mesmo quando o segurado apresenta todos os documentos que comprovam seu direito.
Demora na realização da perícia, quando a espera está colocando em risco a saúde, a renda ou a própria sobrevivência do segurado.
Interrupção ou cancelamento do benefício sem aviso prévio, como a suspensão de uma aposentadoria sem que o cidadão tenha sido notificado ou tenha podido se defender.
Em todas essas situações, o mandado de segurança funciona como um meio rápido de exigir que o INSS cumpra seus deveres e respeite os direitos do segurado.
O que acontece depois que o mandado de segurança é apresentado?
1. O juiz analisa rapidamente o pedido
Em muitos casos, isso ocorre em poucos dias.
2. O juiz pode dar uma ordem ao INSS
O juiz pode:
obrigar o INSS a decidir seu pedido em prazo curto;
obrigar o INSS a corrigir um erro evidente;
determinar que seja feita a perícia ou concluído o processo.
3. O INSS deve cumprir a decisão
Quando o juiz determina um prazo, o INSS precisa cumprir, sob pena de multa ou outras medidas.
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Existe um prazo para o uso do Mandado de Segurança contra o INSS?
Sim, existe um prazo de 120 dias corridos para impetrar um Mandado de Segurança contra o INSS, contados a partir do momento em que o segurado toma ciência do ato ilegal ou abusivo praticado pelo órgão. Esse prazo é decadencial, ou seja, se ultrapassado, perde-se o direito de usar essa ferramenta jurídica.
E o INSS tem prazo para analisar um pedido?
Sim. Apesar de muitas pessoas enfrentarem longas esperas, existem prazos formais que o INSS deve respeitar ao analisar qualquer requerimento. Esses prazos vêm tanto da lei quanto de um acordo firmado entre o INSS e o Ministério Público Federal (MPF), homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que padronizou o tempo máximo de análise para cada tipo de benefício.
Na prática, porém, o tempo de espera costuma ser maior do que o previsto. Há segurados que passam muitos meses — ou até mais de um ano — aguardando uma simples decisão. Por isso, entender quais são os prazos corretos é essencial para saber quando o INSS está atrasado e quando o segurado pode buscar uma solução, inclusive judicial.
Quais são os prazos definidos em lei?
Embora a legislação previdenciária não traga um prazo próprio para análise dos pedidos, o INSS segue as regras do processo administrativo federal. Assim, aplica-se o art. 49 da Lei nº 9.784/1999:
30 dias para apresentar uma decisão administrativa;
prorrogação por mais 30 dias, desde que o INSS justifique formalmente o motivo do atraso.
Além disso, depois que o benefício é concedido, a Lei nº 8.213/1991 determina:
até 45 dias para implantar o benefício e iniciar o pagamento.
Resumo dos prazos legais
| Etapa | Prazo | Base Legal |
|---|---|---|
| Análise do requerimento | 30 dias + possível prorrogação de mais 30 | Lei nº 9.784/1999 |
| Implantação do benefício | Até 45 dias após o deferimento | Lei nº 8.213/1991 |
Mesmo com esses limites, é comum o INSS ultrapassá-los, o que torna ainda mais importante o acompanhamento do processo e, quando necessário, o uso de medidas administrativas ou judiciais.
Quais são os prazos do acordo INSS–MPF homologado pelo STF?
Para reduzir a desigualdade no tempo de análise entre os benefícios e trazer mais previsibilidade, o INSS assinou um acordo com o MPF, posteriormente validado pelo STF, definindo prazos específicos para cada tipo de pedido. Esses prazos são obrigatórios.
Prazos para análise administrativa
| Benefício | Prazo |
|---|---|
| BPC/LOAS (idoso ou pessoa com deficiência) | 90 dias |
| Aposentadorias (exceto por invalidez) | 90 dias |
| Aposentadoria por invalidez | 45 dias |
| Salário-maternidade | 30 dias |
| Pensão por morte | 60 dias |
| Auxílio-reclusão | 60 dias |
| Auxílio-doença | 45 dias |
| Auxílio-acidente | 60 dias |
Prazos para cumprimento de decisões judiciais
| Tipo de decisão | Prazo |
|---|---|
| Tutelas de urgência | 15 dias |
| Benefícios por incapacidade | 25 dias |
| BPC/LOAS | 25 dias |
| Aposentadorias, pensões e demais auxílios | 45 dias |
| Revisões, CTC, averbações, emissão de boletos etc. | 90 dias |
| Juntada de documentos | 30 dias |
Esses prazos foram criados para tornar o processo mais justo e organizado. Ainda assim, atrasos continuam comuns; e, quando eles ocorrem, o segurado pode adotar medidas para exigir que o INSS cumpra suas obrigações.
Perguntas comuns
O mandado de segurança concede o benefício automaticamente?
Não. Ele obriga o INSS a analisar seu pedido corretamente e dentro do prazo.
Preciso de advogado?
Sim. Por se tratar de uma ação judicial, o advogado é necessário para elaborar o pedido corretamente.
Quanto tempo leva?
Como é um tipo de ação rápida, muitos casos têm decisão inicial em poucos dias ou semanas.
Por que contar com um advogado na hora de solicitar seu benefício no INSS?
Solicitar um benefício junto ao INSS pode parecer simples, mas a realidade é muito mais complexa. O processo envolve regras detalhadas, cálculos precisos e interpretação da legislação, e qualquer erro na documentação ou no preenchimento das informações pode resultar na negação do pedido ou na concessão de valor inferior ao devido.
Por isso, contar com um advogado especializado em Direito Previdenciário é essencial para garantir que seus direitos sejam respeitados e que você obtenha o benefício de forma segura, justa e no menor tempo possível.
Como um advogado previdenciário pode ajudar
| Benefício de contar com um advogado | Impacto no seu pedido |
|---|---|
| Análise detalhada do seu caso | Verifica se você cumpre todos os requisitos legais para o benefício, evitando pedidos indeferidos por falta de critério. |
| Preparação e correção da documentação | Garante que todos os documentos exigidos estejam corretos, completos e organizados, reduzindo riscos de negativa. |
| Cálculo preciso do benefício | Assegura que o valor concedido esteja correto, evitando perdas financeiras. |
| Maior chance de aprovação | Um pedido bem fundamentado aumenta significativamente as probabilidades de sucesso. |
| Acompanhamento em caso de negativa | O advogado pode interpor recurso administrativo ou ação judicial, defendendo seus direitos de forma técnica. |
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