Especialistas em Previdência afirmam que, em determinadas situações, é possível desistir da aposentadoria concedida pelo INSS. No entanto, essa desistência só pode ocorrer se o segurado ainda não tiver sacado o primeiro pagamento do benefício, nem valores do FGTS ou PIS/PASEP. Caso contrário, a aposentadoria se torna definitiva, restando apenas a opção de revisão. A desistência pode ser vantajosa quando há possibilidade de acessar uma regra mais benéfica no futuro ou aumentar o tempo de contribuição para obter um valor maior de benefício. Por isso, antes de tomar qualquer decisão, é fundamental que o segurado analise sua situação previdenciária e, se necessário, consulte um especialista para um planejamento adequado. Posso desistir da aposentadoria no INSS?

Posso desistir da aposentadoria no INSS?

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Posso desistir da aposentadoria no INSS?

Você sabia que, em alguns casos, é possível desistir da aposentadoria para buscar um benefício melhor? Muitas pessoas se aposentam sem um planejamento adequado e acabam recebendo menos do que gostariam. Mas a boa notícia é que, dependendo da situação, há como reverter isso e até aumentar o valor do benefício.

Neste texto, vamos te mostrar quando é possível desistir da aposentadoria, como fazer isso da forma certa e, para quem não tem mais essa opção, algumas estratégias para melhorar o valor recebido. Acompanhe os detalhes a seguir.

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Posso desistir da aposentadoria no INSS?

Sim, é possível desistir da aposentadoria concedida pelo INSS, mas há regras e prazos que devem ser observados.

Muitas pessoas dão entrada no benefício sem um planejamento previdenciário adequado, apenas presumindo que o valor da aposentadoria será semelhante ao salário que recebiam na ativa. No entanto, ao receber a concessão do benefício, podem se surpreender com um valor bem abaixo do esperado.

Caso isso aconteça, a desistência pode ser uma opção, mas só é permitida dentro de certas condições.

Quando é possível desistir da aposentadoria?

A desistência da aposentadoria pode ser feita somente antes do primeiro saque do benefício. Se o segurado já tiver recebido qualquer valor da aposentadoria, mesmo que seja apenas uma parcela, não poderá mais desistir.

A tabela abaixo resume as condições para desistência:

SituaçãoÉ possível desistir da aposentadoria?
Benefício concedido, mas nenhum valor sacado✅ Sim, é possível desistir
Benefício concedido e primeiro pagamento sacado❌ Não é possível desistir

Isso significa que, ao sacar o primeiro pagamento da aposentadoria, a desistência do benefício não será mais possível.

Lembre-se, mesmo que o pagamento seja depositado na conta bancária cadastrada no INSS, ainda será possível desistir da aposentadoria.

No entanto, é fundamental não realizar o saque.

Caso o valor seja retirado, a desistência não será mais permitida. A partir desse momento, caso o valor concedido esteja incorreto ou abaixo do esperado, a única alternativa será solicitar a revisão da aposentadoria.

Quando vale a pena desistir da aposentadoria?

Embora seja possível desistir da aposentadoria concedida pelo INSS, essa decisão nem sempre será vantajosa. O fato de o benefício ter sido concedido com um valor inferior ao esperado não significa, por si só, que desistir seja a melhor alternativa.

A desistência só faz sentido em duas situações bem específicas:

  1. Quando há a possibilidade de optar por uma regra mais vantajosa a curto ou médio prazo.
  2. Quando é possível aumentar o valor da aposentadoria, seja ajustando contribuições ou corrigindo períodos não considerados.

A seguir, detalhamos cada uma dessas situações.

1. Possibilidade de uma regra mais vantajosa

A Reforma da Previdência trouxe mais de 20 regras de aposentadoria, incluindo quatro regras de transição apenas para a aposentadoria por tempo de contribuição.

Duas dessas regras — a regra dos pontos e a regra da idade progressiva — possuem requisitos que mudam anualmente. Além disso, cada regra possui uma fórmula de cálculo diferente, o que pode impactar diretamente o valor do benefício.

Por isso, antes de decidir desistir da aposentadoria, é essencial comparar a regra que concedeu o benefício com outras possíveis no curto ou médio prazo.

Em muitos casos, esperar um pouco mais ou mudar para outra regra pode resultar em um aumento significativo no valor da aposentadoria.

2. Possibilidade de aumentar o valor da aposentadoria

Mesmo sem mudar a regra de concessão, ainda há formas de aumentar o valor da aposentadoria antes de solicitá-la novamente. Algumas estratégias incluem:

  • Incluir períodos de contribuição não considerados inicialmente.
  • Aumentar as contribuições futuras para melhorar a média dos salários de contribuição.
  • Aproveitar a regra do descarte de menores salários de contribuição para elevar a média salarial utilizada no cálculo da aposentadoria.

Isso ocorre porque o valor do benefício é calculado com base no tempo de contribuição e na média dos salários. Portanto, quanto maiores esses fatores, maior será o valor da aposentadoria.

No entanto, antes de decidir, busque sempre a orientação de um especialista em INSS.

Tabela de quando vale a pena desistir da aposentadoria

SituaçãoVale a pena desistir?
Há uma regra mais vantajosa no curto ou médio prazo✅ Sim, pode ser uma boa escolha
É possível corrigir ou melhorar as contribuições para aumentar o valor✅ Sim, pode ser vantajoso
O benefício foi concedido abaixo do esperado, mas sem alternativas melhores❌ Não, a desistência pode não ser benéfica

Fique atento, a decisão de desistir da aposentadoria deve ser bem analisada, considerando todas as regras disponíveis e as possibilidades de aumento do benefício. Se houver dúvidas, buscar um especialista em INSS para um planejamento previdenciário pode evitar prejuízos e garantir a melhor escolha para o futuro.

Quem ainda não se aposentou pode aumentar o valor da aposentadoria?

Sim! Quem ainda não solicitou a aposentadoria pode tomar algumas medidas para aumentar o valor do benefício. O sistema previdenciário brasileiro segue regras específicas para calcular o valor da aposentadoria, levando em conta fatores como tempo de contribuição, média salarial e idade do trabalhador.

Por isso, um planejamento previdenciário bem feito pode garantir que todos os direitos sejam reconhecidos e que a melhor regra de concessão seja aplicada.

Para garantir uma aposentadoria mais vantajosa, é essencial revisar seu histórico previdenciário e corrigir possíveis falhas nos registros do INSS. Algumas ações podem aumentar o tempo de contribuição, elevar o valor do benefício e até mesmo antecipar a aposentadoria.

Abaixo, apresentamos algumas estratégias que podem ajudar nesse processo.

1. Conferir e corrigir o CNIS

O Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) é o principal documento utilizado pelo INSS para calcular a aposentadoria. Por isso, é fundamental compará-lo com seus contracheques, carteira de trabalho, carnês de contribuição e processos trabalhistas.

Caso haja divergências, como vínculos empregatícios ausentes ou salários menores do que os comprovados, o segurado pode solicitar a retificação dos dados junto ao INSS, apresentando documentos comprobatórios.

Essa correção pode aumentar o tempo de contribuição, melhorar a média salarial e até antecipar a aposentadoria.

2. Contar tempo especial (atividade insalubre)

Trabalhos em condições insalubres, expostos a agentes como frio, calor, produtos químicos, bactérias e ruído excessivo, podem garantir um acréscimo no tempo de contribuição.

Para períodos anteriores a 28 de abril de 1995, a carteira de trabalho pode ser suficiente como prova. Após essa data, é necessário apresentar o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), documento que deve ser fornecido pela empresa.

Essa conversão pode antecipar a aposentadoria ou aumentar o valor do benefício.

3. Aproveitar o tempo de trabalho rural

Períodos trabalhados no meio rural sem contribuição ao INSS podem ser reconhecidos e incorporados ao tempo de contribuição. Isso pode tanto antecipar a aposentadoria quanto elevar o valor do benefício.

Para comprovar esse tempo, o segurado pode apresentar documentos como declarações sindicais, registros em cartórios, blocos de notas de produtor rural e até testemunhas.

4. Complementação de contribuições abaixo do salário-mínimo

Se houve contribuições ao INSS abaixo do salário-mínimo, esses períodos não serão considerados para a aposentadoria, a menos que o segurado faça a complementação ou o agrupamento de contribuições.

SituaçãoSolução
Contribuições abaixo do salário-mínimo em meses isoladosComplementar o valor pago até atingir o mínimo
Vários meses com contribuições abaixo do mínimoAgrupar contribuições de dois ou mais meses até atingir um mês válido

Essa regularização pode ser feita diretamente no Meu INSS.

5. Regularizar períodos sem contribuição

Se o segurado trabalhou sem contribuir ao INSS em determinado período, pode ser possível pagar contribuições em atraso para contar esse tempo na aposentadoria.

No entanto, antes de realizar esse pagamento, é importante analisar se realmente vale a pena, pois podem ser cobrados juros e multas, tornando o investimento elevado.

Tempo sem contribuiçãoVale a pena pagar em atraso?
Poucos meses faltando para a aposentadoria✅ Sim, pode ser vantajoso
Longos períodos sem contribuição❌ Pode ser caro e não compensar
Situação financeira apertada⚠️ Avaliar alternativas, como trabalhar mais tempo

Se o atraso for longo, pode ser mais vantajoso continuar trabalhando por mais alguns anos em vez de pagar um valor alto para regularização.

6. Tempo de serviço militar

O tempo de alistamento militar obrigatório pode ser contado para a aposentadoria, desde que o segurado solicite a Certidão de Tempo de Serviço Militar no quartel onde serviu.

Essa inclusão pode aumentar o tempo de contribuição e, consequentemente, o valor do benefício.

7. Averbação de Certidão de Tempo de Contribuição (CTC)

Se o segurado trabalhou em um regime próprio de previdência (como servidor público), pode transferir esse tempo para o INSS por meio da Certidão de Tempo de Contribuição (CTC).

Entretanto, esse tempo não pode ser utilizado simultaneamente nos dois regimes. Se for averbar no INSS, não poderá usá-lo novamente para aposentadoria no serviço público.

8. Contar tempo de aluno-aprendiz em escola técnica

Quem estudou em escolas técnicas federais ou estaduais pode utilizar esse período para aposentadoria, desde que comprove que houve vínculo com a instituição e recebimento de algum tipo de remuneração (mesmo indireta, como alimentação, fardamento ou material escolar fornecido pela escola).

A Certidão de Tempo de Aluno-Aprendiz deve conter:

  • Período exato de frequência (dias, meses e anos).
  • Declaração da escola sobre a existência de remuneração direta ou indireta.

Esse tempo pode ser um diferencial para aumentar o valor do benefício ou antecipar a aposentadoria.

Lembre-se, a revisão de todos os períodos trabalhados e contribuições feitas ao longo da vida é essencial para garantir um benefício maior e mais justo. Pequenos ajustes e correções podem fazer uma grande diferença no valor da aposentadoria e até permitir a concessão antecipada do benefício.

Se houver dúvidas, buscar um especialista em previdência pode ajudar a identificar falhas no CNIS, corrigir períodos não contabilizados e escolher a melhor estratégia para um futuro mais tranquilo.

Quem já está aposentado pode aumentar o valor da aposentadoria?

Sim! Quem já está aposentado ainda pode buscar um aumento no valor do benefício por meio da revisão da aposentadoria.

As revisões têm o objetivo de corrigir possíveis erros no cálculo do benefício, garantindo que o segurado receba um valor mais justo, compatível com suas contribuições ao longo dos anos.

Isso pode acontecer em casos como:
✔️ Períodos de contribuição não considerados no cálculo;
✔️ Salários de contribuição omitidos ou registrados incorretamente;
✔️ Erros na aplicação das regras de cálculo;
✔️ Mudanças na legislação que possam favorecer o segurado.

A revisão funciona como uma nova análise feita pelo INSS, revisando toda a documentação anexada ao processo de aposentadoria.

Portanto, se você já recebe o benefício, vale a pena verificar se há possibilidade de revisão para corrigir falhas e aumentar o valor da aposentadoria.

Aviso prévio conta como tempo de contribuição para a aposentadoria? Saiba os detalhes aqui!

O que é a revisão da aposentadoria do INSS?

Muitas aposentadorias e benefícios concedidos pelo INSS podem conter erros ou falhas que reduzem o valor do benefício, prejudicando o segurado.

A revisão da aposentadoria é um procedimento que permite uma nova análise do benefício já concedido, com o objetivo de identificar possíveis equívocos, omissões ou até mesmo regras de cálculo aplicadas incorretamente.

Esse processo verifica:
✅ Se todos os períodos de contribuição foram contabilizados corretamente;
✅ Se os salários considerados estão corretos e completos;
✅ Se houve mudanças na legislação que podem beneficiar o segurado;
✅ Se há erro no cálculo que possa resultar em um aumento do valor do benefício.

A revisão da aposentadoria é um direito do segurado que desconfia de falhas na concessão do seu benefício e pode representar um ajuste importante para garantir um pagamento mais justo.

A revisão da aposentadoria dá direito a valores retroativos?

Sim! Quando a revisão resulta em um aumento no valor da aposentadoria, o segurado também tem direito a receber os valores que deixou de receber no passado, conhecidos como atrasados ou retroativos do INSS. Quanto maior o reajuste do benefício, maior será o montante desses valores.

Para quem já tentou corrigir o erro diretamente com o INSS e precisou recorrer à Justiça, é essencial acompanhar o cálculo dos atrasados. Caso fique comprovado que o INSS errou no pagamento, o segurado pode receber as diferenças de até cinco anos antes do pedido de revisão.

Qual é o prazo para solicitar a revisão da aposentadoria?

Na maioria dos casos, o segurado tem até 10 anos para solicitar a revisão do benefício. Esse prazo começa a contar a partir do primeiro dia do mês seguinte ao recebimento do primeiro pagamento da aposentadoria.

É importante não se confundir: não é necessário esperar 10 anos para pedir a revisão. Pelo contrário, quanto antes o pedido for feito, maiores são as chances de corrigir eventuais erros e garantir o recebimento dos valores devidos.

Como um advogado pode ajudar na hora de pedir o meu benefício?

Durante a leitura deste texto, ficou claro que solicitar um benefício no INSS pode ser um processo complexo, que exige conhecimento específico da legislação e dos cálculos previdenciários.

Um advogado especialista em Direito Previdenciário é o profissional mais qualificado para auxiliar na análise do seu benefício, garantindo que seus direitos sejam respeitados.

O papel desse especialista envolve oferecer todo o suporte necessário para que a solicitação do benefício seja feita da maneira mais eficaz possível, aumentando as chances de aprovação.

Além disso, o advogado se encarrega de todas as providências administrativas e, se necessário, judiciais, para assegurar o cumprimento dos prazos de análise do benefício.

Com a assistência de um advogado, você estará mais bem preparado para enfrentar o processo e receber o benefício de forma rápida e justa.

Você sabia que os Acordos Previdenciários Internacionais firmados pelo Brasil podem beneficiar pessoas com deficiência, mesmo não estabelecendo, diretamente, a modalidade de aposentadoria por deficiência?

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