Especialistas em Previdência explicam por quais motivos entender como funciona o cálculo que determina o valor do seu benefício, pode evitar que você receba uma aposentadoria com o valor menor do que deveria. Acompanhe os detalhes e descubra a importância de conhecer como é calculada a aposentadoria tanto para quem está planejando se aposentar quanto para quem já se aposentou. Como é calculada a aposentadoria no Brasil?

Como é calculada a aposentadoria no Brasil?

Sumário

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Como é calculada a aposentadoria no Brasil?

Se você está próximo da aposentadoria ou já se aposentou, é importante entender como funciona o cálculo que determina o valor do seu benefício. Isso evita que você receba uma aposentadoria com o valor menor do que deveria.

Mas você sabia que existem inúmeras regras de cálculo aplicáveis? A razão é que, de acordo com a legislação previdenciária, existem inúmeras modalidades de aposentadoria, cada uma delas com regras de cálculo diferentes.

Além disso, o “fator previdenciário”, o “divisor mínimo”, juntamente com regras especiais, pode afetar o valor do seu benefício.

Portanto, para calcular sua aposentadoria corretamente é importante entender primeiro em qual modalidade de aposentadoria você está enquadrado e, depois, as regras específicas que se aplicam ao seu caso.

Para ajudar você acertar o cálculo da sua aposentadoria, elaboramos este artigo. Boa leitura!

Em caso de dúvida, entre em contato conosco ou agende seu horário aqui

Qual a importância de saber como é calculada a aposentadoria?

Saber calcular o valor da aposentadoria é fundamental para garantir que o benefício reflita corretamente as contribuições feitas ao longo da vida laboral.

Para quem está planejando se aposentar, esse cálculo permite avaliar as opções disponíveis e escolher o melhor momento para solicitar o benefício, evitando erros que possam comprometer a renda futura.

Agora, se você já é aposentado, a revisão do cálculo pode revelar inconsistências que, se corrigidas, aumentam o valor recebido. Em ambos os casos, o objetivo é proteger o segurado de prejuízos e assegurar uma aposentadoria mais justa e com o melhor valor possível.

Saber calcular a aposentadoria pode evitar prejuízo?

Sim. A melhor maneira de evitar prejuízos no valor da sua aposentadoria é conhecendo as regras de cálculo e saber em que casos aplicá-las corretamente.

É importante lembrarmos que existem inúmeras modalidades de aposentadoria com diferentes fórmulas de cálculo para cada uma delas.

Além disso, a Reforma da Previdência trouxe regras de transição como a da Idade progressiva, a do Pedágio de 50%, a regra de transição por Pontos, entre outras.

Optar por uma regra em vez de outra pode, em alguns casos, até dobrar o valor da sua aposentadoria. Portanto, antes de se aposentar, é importante calcular o valor da sua aposentadoria em todos os cenários, para garantir a melhor escolha e evitar perdas.

E lembre-se, isto é válido tanto para os segurados que estão próximos da aposentadoria quanto para aqueles que já tiveram o benefício concedido.

Isso ocorre porque, no caso dos aposentados, o valor concedido pelo INSS nem sempre está correto. Infelizmente, é bastante comum que o INSS cometa erros no cálculo da aposentadoria, especialmente quando o aposentado faz o pedido por conta própria, ou seja, sem a ajuda de um especialista.

Se você identificar algum erro por parte do INSS, é possível solicitar uma revisão da aposentadoria.

Essa revisão pode resultar em um aumento no valor da sua aposentadoria e no pagamento das diferenças atrasadas, também conhecidas como verbas retroativas.

Qual o valor mínimo e valor máximo da aposentadoria no Brasil?

O valor da aposentadoria apresenta limites definidos: o mínimo, que atualmente é um salário mínimo (R$ 1.412 em 2024), e o máximo, que é o teto do INSS, estabelecido em R$ 7.786,02.

De acordo com as regras, ninguém pode receber uma aposentadoria menor do que o mínimo estipulado (exceto em casos de cálculo para períodos de trabalho no exterior).

Por outro lado, em princípio, ninguém deve receber mais do que o teto do INSS. A exceção a essa regra ocorre quando o segurado tem direito a um adicional de 25% em sua aposentadoria por incapacidade permanente, o que permite que o valor do benefício ultrapasse o teto.

Como é calculada a aposentadoria no Brasil?

O valor da aposentadoria é calculado de acordo com regras específicas estabelecidas pela legislação previdenciária.

Isso envolve diversos fatores, como a média salarial, a idade, o tempo de contribuição, o tipo de aposentadoria, o fator previdenciário e o divisor mínimo.

Alguns fatores incidem apenas sobre algumas modalidades de aposentadoria e outros sempre interferem no valor do benefício.

Em resumo, o INSS determina a regra de cálculo com base na modalidade de aposentadoria que se aplica ao seu caso e utiliza esses fatores para definir o valor do seu benefício.

O que é média salarial?

É importante dizer que cada modalidade de aposentadoria segue uma regra de cálculo específica, mas todas têm um ponto de partida comum: a média salarial do contribuinte. Essa média é calculada somando todos os salários de contribuição desde julho de 1994 até o mês anterior ao pedido de aposentadoria, dividindo-se pelo número total de contribuições.

No entanto, é importante destacar que essa média não reflete necessariamente o valor que será recebido. Ela é apenas o primeiro dos fatores que influenciam o valor final do benefício, que dependerá também de outros elementos previstos pela legislação previdenciária.

O que deve ser observado no cálculo da aposentadoria?

O cálculo da aposentadoria envolve a análise de diversos fatores estabelecidos pela legislação previdenciária, como a:

  • Média salarial;
  • Idade;
  • Tempo de contribuição;
  • Descarte dos menores salários de contribuição;
  • Modalidade de aposentadoria;
  • Fator previdenciário;
  • Divisor mínimo.

Cada modalidade de aposentadoria tem suas regras específicas, o que torna essencial compreender qual delas se aplica ao seu caso. Além disso, o valor do benefício não pode ser inferior ao salário mínimo (R$ 1.412,00 em 2024) nem superior ao teto do INSS (R$ 7.786,02).

Entender detalhadamente esses fatores é crucial para garantir um cálculo preciso e evitar erros que possam prejudicar sua aposentadoria.

Como é calculada a aposentadoria por idade atualmente?

A Reforma da Previdência teve um grande impacto no cálculo da aposentadoria por idade. Uma das principais alterações foi o fim da exclusão dos 20% menores salários de contribuição.

A nova regra estabelece que o valor da aposentadoria por idade corresponderá a 60% da média dos salários de contribuição, com um acréscimo de 2% para cada ano de contribuição acima de 20 anos para homens e 15 anos para mulheres. Isso significa que, para atingir 100% da média, os homens precisam de 40 anos de contribuição, e as mulheres, 35 anos.

IMPORTANTE: Ainda é possível se aposentar de acordo com as regras anteriores à reforma da previdência, desde que se cumpram os requisitos até 13/11/2019, mesmo que você não tenha solicitado a aposentadoria até essa data.

Você sabe como ficou o cálculo da aposentadoria? Acompanhe os esclarecimentos da Dra. Juliana Jácome, especialista em Direito Previdenciário.

Como é calculada a aposentadoria por tempo de contribuição?

A Reforma da Previdência praticamente acabou com a aposentadoria por tempo de contribuição.

Esta modalidade de aposentadoria, na verdade, foi substituída por quatro regras de transição. Mas, atenção, essas regras só valem para quem já estava contribuindo antes da reforma (13/11/2019):

Pedágio de 50%

Nessa regra, o valor da aposentadoria é calculado pela média de todos os salários de contribuição a partir de julho de 1994, multiplicada pelo fator previdenciário. Essa é a única regra que ainda utiliza o fator previdenciário após a reforma e é aplicável a quem estava a menos de 2 anos da aposentadoria na data da reforma.

Pedágio de 100%

Aqui, o valor da aposentadoria corresponde a 100% da média dos salários de contribuição, sem nenhum fator de redução. Embora seja a mais vantajosa em relação ao valor, é a mais desafiadora em termos de requisitos, especialmente para aqueles que estavam longe da aposentadoria.

Idade progressiva

A regra da idade progressiva aplica a mesma fórmula de cálculo da aposentadoria por idade após a reforma. Ou seja, o valor é equivalente a 60% da média dos salários de contribuição, com um acréscimo de 2% para cada ano além de 20 anos para homens e 15 anos para mulheres.

Aposentadoria por pontos

A regra da aposentadoria por pontos também segue a mesma fórmula de cálculo da aposentadoria por idade pós-reforma. O valor é calculado com base em 60% da média dos salários de contribuição, com um acréscimo de 2% para cada ano acima de 20 anos para homens e 15 anos para mulheres.

Cada uma dessas regras de transição tem suas peculiaridades, e a escolha depende da situação e dos requisitos do segurado. É importante considerar as condições pessoais ao decidir qual regra seguir.

Como é calculada a aposentadoria especial?

Da mesma forma que as outras modalidades de aposentadoria, a aposentadoria especial também sofreu alterações em seu cálculo devido à Reforma da Previdência.

Ou seja, além de tornar os requisitos para a aposentadoria especial mais rigorosos, a reforma modificou completamente a maneira como o valor é calculado.

Atualmente, o valor da aposentadoria especial corresponde a 60% da média dos salários de contribuição do segurado. Há um acréscimo de 2% para cada ano que excede 20 anos de contribuição, no caso de homens, e 15 anos, no caso de mulheres e mineiros de frente.

ATENÇÃO: Ainda é possível se aposentar seguindo a fórmula de cálculo anterior à reforma, desde que todos os requisitos tenham sido integralmente cumpridos antes de sua implementação. Lembre-se, antes da Reforma da Previdência, o valor da aposentadoria especial era calculado com base na média dos 80% maiores salários de contribuição do segurado, sem aplicação de fatores de redução.

Como é calculada a aposentadoria por invalidez?

Após a reforma da previdência (13/11/2019), o valor da aposentadoria por invalidez deve ser correspondente a 60% da média de todos os seus salários de contribuição, com acréscimo de 2% para cada ano de contribuição que exceder 20 anos para os homens ou 15 anos para as mulheres.

ATENÇÃO: Caso o benefício seja concedido em virtude de acidente do trabalho, doença profissional ou doença do trabalho, o coeficiente corresponde a 100% do salário de benefício, e não vale a regra dos 60% +2%.

Para você entender melhor quando é possível usar esta exceção em vez da regra geral:

  • Acidente de trabalho é aquele que ocorre a serviço da empresa ou até mesmo no percurso do empregado entre sua residência e a empresa;
  • Doença profissional é aquela que surge em razão da atividade realizada no trabalho; e
  • Doença do trabalho é aquela decorrente em razão das condições especiais do trabalho.

Quando é possível um acréscimo de 25% no valor da aposentadoria por invalidez?

O acréscimo de 25% na aposentadoria por incapacidade permanente é um adicional pago aos aposentados por invalidez que necessitam do acompanhamento permanente de outras pessoas para atividades da rotina diária.

IMPORTANTE: Infelizmente para o STF, o acréscimo de 25% é um direito exclusivo dos aposentados por invalidez. Portanto, não pode ser estendido para outras modalidades de aposentadoria mesmo que o aposentado também necessite do acompanhamento permanente de outras pessoas para atividades da rotina diária.

Como é calculada a aposentadoria da pessoa com deficiência?

Há duas espécies de aposentadoria da pessoa com deficiência. Para cada uma delas, o valor da aposentadoria é calculado de maneira diferente.

Valor da aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência

A aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência é calculada com base em 100% da média dos 80% maiores salários de contribuição a partir de julho de 1994.

Além disso, é importante observar que não há aplicação de nenhum tipo de redutor, nem mesmo do fator previdenciário. Na verdade, o fator previdenciário até pode ser usado, se isso resultar em um aumento no valor do benefício.

Valor da aposentadoria por idade da pessoa com deficiência

A aposentadoria por idade destinada a pessoas com deficiência segue uma fórmula que resulta em um benefício de 70% da média dos 80% maiores salários de contribuição, acrescido de 1% para cada ano de contribuição a partir de julho de 1994.

Vale notar que essa regra se mostra mais vantajosa em comparação à aposentadoria por idade comum após as mudanças trazidas pela Reforma da Previdência.

Como fazer a escolha da regra de cálculo adequada?

Se você está se aproximando da aposentadoria e ainda não solicitou o benefício, é fundamental determinar qual regra de cálculo se encaixa melhor no seu caso.

Como notou, existem várias opções disponíveis, e a escolha entre elas pode variar de acordo com o seu histórico previdenciário. Selecionar a regra correta pode representar um considerável aumento no valor da sua aposentadoria. Por outro lado, uma escolha inadequada pode resultar em prejuízos no seu benefício.

Para evitar prejuízos a melhor alternativa é realizar uma planejamento previdenciário.

INSS pode errar o cálculo da aposentadoria?

Sim, é possível que o INSS tenha errado no cálculo do valor da sua aposentadoria.

A concessão de aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) envolve uma série de processos e cálculos complexos, o que pode levar a diferentes tipos de erros ao longo do processo. Alguns dos erros mais comuns na concessão da aposentadoria do INSS incluem:

  1. Cálculos incorretos: Erros matemáticos podem ocorrer ao calcular o valor do benefício, levando a pagamentos incorretos.
  2. Tempo de contribuição incorreto: Pode haver problemas ao contabilizar o tempo de contribuição, considerando períodos de trabalho, atividades especiais e contribuições em atraso.
  3. Falta de documentos: Se os documentos necessários para comprovar o tempo de contribuição ou outras informações não forem fornecidos corretamente, a concessão pode ser atrasada ou negada.
  4. Falta de reconhecimento de atividades especiais: Para atividades consideradas prejudiciais à saúde, é possível requerer a aposentadoria especial. Erros na análise das atividades especiais podem levar a concessões incorretas.
  5. Falta de análise de períodos de atividade rural: Em aposentadorias rurais, períodos de trabalho no campo podem não ser considerados corretamente.
  6. Problemas com a contribuição de autônomos e prestadores de serviço: Contribuições inadequadas ou falta de recolhimento de contribuições por autônomos e prestadores de serviço podem levar a problemas na concessão da aposentadoria.

Para evitar esses e outros erros, é importante que os segurados forneçam informações precisas e documentação completa ao fazerem o pedido de aposentadoria.

Em caso de qualquer inconsistência ou erro na concessão, é recomendável buscar orientação de um profissional especializado em direito previdenciário para verificar a viabilidade de revisão no seu benefício.

Como saber se há algum tipo de erro no meu benefício?

Essa é uma pergunta muito comum entre os aposentados do INSS. Portanto, se você suspeita que o INSS cometeu algum erro na concessão da sua aposentadoria, é importante tomar algumas medidas para verificar a situação e, se necessário, corrigir qualquer equívoco.

A primeira coisa a fazer é analisar a sua carta de concessão e a memória de cálculo do seu benefício. São documentos que contêm todas as informações do que foi levado em consideração, pelo INSS, para o Instituto dar seu benefício, incluindo os valores.

Depois é necessário verificar se há algum erro. Seja por meio do INSS, seja através do Processo Administrativo (PA). Você tem acesso a esse PA através da Central de Atendimento do Instituto: Telefone 135 ou site do Meu INSS.

Lembre-se de que o processo pode variar dependendo da complexidade do erro e da situação individual. A comunicação clara com o INSS e a busca por orientação adequada são fundamentais.

Caso você não entenda muito bem os cálculos, procure um advogado especialista em Direito Previdenciário para verificar ou confirmar o erro por parte do INSS e, sobretudo, para resolver qualquer problema relacionado à concessão da sua aposentadoria.

Quem ainda não se aposentou, o que fazer para ter um valor maior na aposentadoria?

A previdência pública, que é o sistema de aposentadoria geralmente utilizado no Brasil, tem regras específicas para o cálculo do valor da aposentadoria. O valor da aposentadoria é calculado com base em diversos fatores, como o tempo de contribuição, a média salarial e a idade do trabalhador.

No planejamento previdenciário verificamos se o INSS utilizou corretamente os salários de contribuição. Se aplicou a melhor regra de transição, se todos os períodos de auxílio-doença foram somados, dentre muitos outros parâmetros, para que você consiga aumentar o valor do seu benefício.

Ideal é sempre buscar o auxílio de um especialista, pois ele vai analisar toda a sua documentação e com isso buscar algum erro que possa aumentar a sua aposentadoria ou pensão por morte.

Portanto, sim, o planejamento previdenciário pode ajudar a maximizar o valor da aposentadoria de diversas maneiras. Algumas dicas incluem:

Confrontar o CNIS com seus documentos

Ao planejar você deverá confrontar o CNIS com as CTPS, holerites, carnês de recolhimento, alterações salariais e até mesmo processo trabalhista vencido pelo trabalhador.

Caso haja qualquer divergência no CNIS, como exemplo, um vínculo empregatício que está na CTPS e não está no CNIS, ou salários de contribuição menores que os do holerite ou alterações salariais da carteira de trabalho, o segurado deverá requerer a retificação dos dados junto ao INSS.

Todo erro no CNIS deverá ser corrigido pelo INSS, com a apresentação de documentos que comprovam o erro.

Isso irá aumentar o seu tempo de contribuição, o valor da aposentadoria e poderá até mesmo antecipar a sua tão merecida aposentadoria do INSS.

Utilizar tempo trabalhado em atividade insalubre

O tempo trabalhado de forma insalubre (frio, calor, bactérias, vírus, hidrocarbonetos…) irá ajudar muito na sua aposentadoria, por isso demonstre ao INSS este período.

Para períodos trabalhados antes de 28 de abril de 1995 a carteira de trabalho será essencial, pois nela estará descrita a sua atividade. Portanto, para períodos posteriores, o trabalhador deverá juntar o PPP (perfil profissiográfico previdenciário).

IMPORTANTE: é uma obrigação da empresa fornecer o PPP.

Trabalho rural

O período trabalhado no meio rural e sem contribuição para o INSS, poderá aumentar seu tempo de contribuição. Isso vai trazer um maior valor de INSS a ser recebido e também fazer com que você se aposente antes.

Contribuição abaixo podem ser complementadas

O INSS não vai aceitar os períodos que você contribuiu abaixo do salário-mínimo, portanto, você deverá ou fazer a complementação ou agrupamento do valor de contribuição (até chegar ou superar o salário-mínimo) para que este mês seja utilizado em seu benefício.

Agrupar contribuição é juntar os valores de dois ou mais meses contribuídos abaixo do salário-mínimo.

Períodos sem contribuição, mas que o segurado tenha exercido atividade

Muitos trabalhadores, em algum momento da vida, embora continuem trabalhando, deixam de contribuir para o INSS, ou porque não podem ou porque acreditam que, desta forma, estão “fugindo” de um gasto desnecessário.

Nessas situações, uma das principais dúvidas entre trabalhadores que estão próximos da aposentadoria, é sobre a possibilidade de pagar o INSS em atraso para aumentar o tempo de contribuição. Até porque esses períodos sem contribuição acabam fazendo falta na hora requerer o benefício.

No entanto, mais importante do que saber se é possível pagar o INSS em atraso, é saber se vale a pena.

Nem sempre pagar o INSS em atraso vai permitir a sua aposentadoria, antecipá-la ou mesmo aumentar o seu valor. Por outro lado, em algumas situações, o pagamento de poucos meses em atraso pode ser suficiente para resolver todos os seus problemas com a Previdência Social.

Se você deixou de contribuir durante muito tempo, o investimento de recolher em atraso, sobretudo porque há incidência de juros e multa, pode ser muito alto. Tendo em vista muitos segurados não tem condições financeiras, pode ser que não valha muito a pena pagar todo esse valor.

Lembre-se, vale a pena recolher tardiamente quando você não pode mais trabalhar ou quando você tiver pouco tempo de atraso.

Caso contrário, é mais fácil trabalhar alguns anos a mais para ter direito à aposentadoria.

Tempo de serviço militar

O tempo de alistamento militar poderá ajudar no seu benefício do INSS. Com este tempo a mais você poderá aumentar a sua renda mensal de aposentadoria.

Averbação de Certidão de Tempo de Contribuição (CTC)

Mais um ponto que eleva a sua aposentadoria e antecipa o benefício é o período trabalhado em outro regime.

Será permitido apenas com a certidão do tempo de contribuição, e não poderá ser utilizado novamente o período no regime próprio.

Tempo de serviço em escola técnica

Caso você pretenda utilizar o tempo como aluno-aprendiz para uma aposentadoria no INSS, não deverá esquecer a Certidão de Tempo de Aluno-aprendiz.

  • Sua certidão deverá sempre conter: a discriminação do tempo em dias, meses e anos da frequência escolar, e a informação pela Escola acerca da existência de alguma forma de remuneração.
  • A remuneração pode ser indireta: recebimento de alimentação, fardamento, material escolar e parcela de renda auferida com a execução de encomenda para terceiros.

Quem já está aposentado pode aumentar o valor da aposentadoria?

Sim, o caminho para aumentar o valor da sua aposentadoria do INSS quando este já está sendo pago é a revisão.

As revisões da aposentadoria do INSS podem ajudar o aposentado a receber um valor mais justo e adequado de acordo com sua contribuição ao longo dos anos.

Isso pode ocorrer se a revisão detectar algum erro ou omissão na apuração do valor inicial da aposentadoria, como por exemplo, o não recolhimento de algum período de contribuição ou o não incluir um salário de contribuição adequadamente.

Essa revisão equivale a uma nova análise, por parte do Instituto, de toda a sua documentação anexada ao requerimento do benefício para a verificação de eventuais erros nos cálculos.

Assim, se você já está aposentado, deverá analisar o seu processo de aposentadoria, para verificar se existe a possibilidade de revisão da aposentadoria e aumentar o valor da aposentadoria.

Qual a importância do planejamento previdenciário para evitar erro no valor da aposentadoria?

O planejamento previdenciário permite encontrar o melhor benefício de acordo com o histórico de contribuições do segurado. Ou seja, ele consiste na análise das informações do contribuinte, visando determinar o momento ideal para solicitar a aposentadoria ou, no caso de já estar aposentado, revisar possíveis erros cometidos pelo INSS.

Exatamente, mesmo que já esteja recebendo o benefício, o planejamento previdenciário pode revisar o valor recebido e identificar se este valor é realmente justo.

Em que situações o planejamento previdenciário é essencial?

Toda e qualquer pessoa pode – e deve – planejar a aposentadoria. Isto significa que em todas as situações planejar é essencial para tomar decisões. Vejamos a importância do planejamento em cada uma das situações previdenciárias possíveis:

Planejamento para quem está longe de se aposentar

Se a aposentadoria ainda está distante, fazer o planejamento será muito mais fácil e acertado. Com o planejamento, será possível entender qual o melhor caminho a seguir em valor de contribuição e periodicidade para alcançar o benefício desejado.

Planejamento para quem está próximo da aposentadoria

Para os que estão próximos de se aposentar, o plano fará correções a tempo, se necessário, avaliando qual alternativa é a mais interessante para o contribuinte.

Além disso, fará com que a solicitação seja mais adequada e assertiva para obter o benefício. Evitando possíveis negativas administrativas por incompletude de dados.

Planejamento para quem solicitou a aposentadoria

No caso daqueles que já encaminharam a solicitação ao INSS, o planejamento será importante para verificar se os procedimentos estão corretos dentro das possibilidades de cada contribuinte.

Planejamento para quem já está aposentado

O planejamento previdenciário beneficia até mesmo quem já está aposentado. Com a avaliação correta de toda a documentação, perfil e direitos, é possível descobrir se o benefício concedido é o mais vantajoso a que o contribuinte tem direito. Se não for, pode ser solicitada a sua revisão.

Isto acontece porque nem sempre o resultado apresentado pelo INSS é o que realmente corresponde à sua trajetória como contribuinte. Muitas vezes, o INSS acaba realizando o cálculo dos salários de contribuição de forma equivocada, não reconhecendo contribuições realizadas, critérios de cálculo de benefícios pelos Acordos Internacionais, e averbação de períodos no exterior, entre outros.

Infelizmente, é comum que o INSS deixe de registrar ou registre equivocadamente algumas contribuições.

Pode acontecer, ainda, de os responsáveis pelos recolhimentos – como empresas contratantes – não pagarem ou não repassarem de forma adequada os valores para o INSS.

Portanto, na conta final da concessão da aposentadoria, podem estar faltando dados importantes para o cálculo do benefício. O resultado é um salário de benefício menor do que filiado realmente deveria receber. Esta é a razão pela qual o planejamento é útil até mesmo para quem já está aposentado.

A Revisão da Vida Toda pode garantir um aumento no valor de seus benefícios previdenciários. Entretanto, muitos não sabem que, antes mesmo de pedir a revisão, alguns cuidados são necessários. Saiba mais aqui!

A quem procurar para fazer o planejamento previdenciário?

O planejamento de aposentadoria é um trabalho complexo, que analisa dados variados sobre o contribuinte.

Além de verificar o perfil e histórico laboral do segurado, cruza dados da Previdência Social e estuda as estratégias para fazer com que o caminho percorrido pelo contribuinte até a sua aposentadoria seja o mais rápido e menos custoso possível.

Lembre-se, cada país possui suas particularidades e seus próprios requisitos, por isso, é necessário observar as disposições de cada acordo, antes de requerer a aposentadoria.

O planejamento exige um estudo de todo o histórico do trabalhador, considerando aspectos como, idade, tempo de serviço e valor das contribuições, tipo de atividade exercida, características dos diferentes regimes de previdência e a legislação envolvida.

Estes dados são cruzados e apresentam todas as diferentes opções de aposentadoria, com as vantagens e desvantagens de cada uma.

Por isso, é necessário que profissionais devidamente habilitados e experientes em Direito Previdenciário possam comandar os processos do planejamento.

IMPORTANTE: Não espere até as vésperas da aposentadoria para buscar um especialista, quanto mais cedo começar a se planejar e alinhar as estratégias para ter um benefício vantajoso, mais chances de alcançar esse objetivo lá na frente.

Por que o INSS não conta as contribuições anteriores a 1994 para a média salarial?

É importante lembrar que o INSS não leva em consideração as contribuições anteriores a julho de 1994 ao calcular sua aposentadoria. No entanto, essas contribuições ainda são contabilizadas no seu tempo de contribuição.

Essa abordagem é uma exigência da legislação, que justifica que converter e corrigir monetariamente o valor das contribuições anteriores a julho de 1994 seria uma tarefa extremamente complexa e demorada para o INSS, quando se trata de calcular a média salarial.

A exclusão das contribuições anteriores a 1994 na média salarial pode me prejudicar?

Em determinadas situações, a exclusão das contribuições anteriores a julho de 1994 pode prejudicar os contribuintes. Isso afeta principalmente aqueles que tinham salários mais elevados antes desse período.

Essa exclusão das maiores remunerações pelo INSS, por sua vez, reduz a média salarial do segurado. Nestes casos, existe a opção de solicitar uma revisão da vida toda para incluir essas remunerações anteriores no cálculo.

Entretanto, é importante frisar que antes de optar pela revisão da vida toda, é crucial garantir que ela seja realmente vantajosa para a sua situação. Em alguns cenários, a exclusão das contribuições mais antigas pode ser mais benéfica.

A orientação é sempre buscar a assistência de um advogado especializado em questões do INSS, para que ele possa analisar seu caso e indicar a melhor solução antes de iniciar qualquer processo de revisão de aposentadoria.

O que é fator previdenciário?

O fator previdenciário, criado em 1999, é uma fórmula matemática projetada para reduzir a aposentadoria de quem escolhe se aposentar mais cedo. Esse cálculo leva em consideração a expectativa de vida, idade e tempo de contribuição. Em resumo, quanto maior a expectativa de vida e quanto menor a idade e tempo de contribuição, menor será o fator previdenciário, resultando em uma aposentadoria de valor menor.

Atualmente, o fator previdenciário é relevante apenas para aqueles que ainda podem se aposentar pelas regras de tempo de contribuição anteriores à reforma da previdência (13/11/2019) ou pela regra do pedágio de 50%.

Se tiver dúvidas da aplicação do fator previdenciário no seu caso, procure a orientação de um profissional especializado em previdência.

O que é divisor mínimo?

O divisor mínimo é o valor pelo qual a soma dos salários de contribuição é dividida ao calcular a média salarial para a aposentadoria. Em 2022, o Congresso Nacional aprovou a Lei nº 14.331/2022, que se aplica às aposentadorias concedidas a partir de 05/05/2022.

Essa lei estabelece que, ao calcular a aposentadoria, o divisor mínimo não pode ser inferior a 108 meses. Em resumo, a Lei nº 14.331/2022 introduziu um novo divisor mínimo de 108 meses. Portanto, a partir de 05/05/2022, os segurados que preenchem os requisitos para a aposentadoria devem dividir suas contribuições a partir de julho de 1994 por, no mínimo, 108 meses.

Esse novo divisor é um pouco mais favorável do que o anterior, mas ainda pode ser desvantajoso para aqueles contribuintes com menos de 108 contribuições desde julho de 1994.

O valor da minha aposentadoria está errado, o que faço?

Se você já está recebendo a aposentadoria há a possibilidade de aumentar o valor do benefício através de uma revisão de aposentadoria, geralmente alcançada por meio de uma ação judicial.

A revisão de aposentadoria oferece a vantagem de elevar o valor da aposentadoria e de recuperar os valores atrasados que correspondem às diferenças que o INSS não pagou corretamente.

No entanto, é necessário salientar que nem todos os aposentados têm direito a essa revisão. Em geral, o aposentado só tem direito à revisão de aposentadoria se o INSS tiver calculado o benefício de forma inadequada ou aplicado a legislação previdenciária de maneira incorreta.

Como saber se a minha aposentadoria deve ser revista?

Para verificar se há realmente erro na aposentadoria, para assim entrar com o pedido de revisão, é necessário conferir a Carta de Concessão e a Memória de Cálculo da Aposentadoria.

Nestes documentos estão todas as informações do que foi levado em consideração pelo INSS, incluindo os salários de contribuição que foram computados, na concessão do seu benefício.

Caso você não entenda muito bem os cálculos, procure a orientação de um advogado especialista em Direito Previdenciário para verificar se existe ou não erro por parte do INSS.

Por que preciso da ajuda de um advogado na hora de pedir o meu benefício no INSS?

Ao longo deste artigo, ficou evidente que solicitar um benefício ao INSS pode se tornar um desafio complexo que requer conhecimentos específicos sobre a legislação previdenciária e sobre cálculos previdenciários. Caso o seu CNIS não contenha todos os seus vínculos, o seu pedido pode ser indeferido.

Por isso, é essencial contar com a orientação de um advogado previdenciário especializado.

advogado especialista em Direito Previdenciário será capaz de analisar a sua situação de forma minuciosa, considerando todos os fatores relevantes, e realizar corretamente os cálculos para o seu benefício previdenciário.

Além disso, um advogado previdenciário experiente poderá auxiliar na apresentação de todos os documentos necessários e na argumentação mais adequada para o seu caso, aumentando assim as chances de sucesso do seu pedido.

Lembre-se, contar com a ajuda de um profissional qualificado pode fazer toda a diferença na obtenção do benefício a que você tem direito.

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